Conforme já falamos aqui (inserir link do artigo anterior), após a realização de uma cirurgia bariátrica, muitos pacientes enfrentam problemas relacionados ao excesso de pele. Além de afetar a aparência física, essas condições frequentemente comprometem a saúde física e emocional. As cirurgias reparadoras tornam-se, assim, uma extensão essencial do tratamento contra a obesidade mórbida. No entanto, a aprovação dessas intervenções pelos planos de saúde depende diretamente da qualidade e do detalhamento dos laudos apresentados.

Diante disso, é importante compreender os elementos indispensáveis que devem constar em um laudo médico para respaldar a solicitação de cobertura.

Pois bem, um laudo médico bem elaborado deve ser confeccionado por um profissional especializado em cirurgias reparadoras pós-bariátricas e conter: 

• Histórico clínico completo: Indicação do diagnóstico de obesidade mórbida, os detalhes da cirurgia bariátrica realizada e a quantidade de peso perdido pelo paciente;
• Avaliação do excesso de pele: Identificação das áreas afetadas, demonstrando como essas condições impactam a saúde, como no caso de infecções, dermatites ou limitações físicas;
• Justificativa funcional: Explicação clara de que a cirurgia tem caráter funcional e reparador, e não estético, reforçando que é uma etapa necessária do tratamento;
• Detalhamento do procedimento: Descrição das áreas a serem tratadas, indicação de eventuais próteses, como mamárias ou glúteas, e previsão de custos associados, incluindo honorários, anestesia e equipamentos;
• Itens pós-operatórios necessários: Relação dos insumos indispensáveis para a recuperação, como cintas, medicamentos, meias de compressão e outros materiais prescritos.

Adicionalmente, um laudo psicológico e/ou psiquiátrico pode ser determinante em casos em que a autoestima e a saúde mental do paciente foram impactadas pelo excesso de pele. O profissional deve descrever como a condição afeta negativamente o bem-estar emocional do paciente, destacando que a cirurgia reparadora é uma medida necessária para reverter problemas como depressão ou ansiedade.

E se o Plano de Saúde Negar a Cobertura?

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Infelizmente, negativas de cobertura não são incomuns. Caso isso ocorra, é fundamental solicitar a recusa por escrito do plano e buscar orientação jurídica. Um advogado poderá:

1. Pleitear judicialmente a realização da cirurgia, com possibilidade de pedido liminar em casos urgentes;
2. Avaliar a viabilidade de incluir danos morais na ação, considerando o impacto físico e emocional causado pela negativa. 

O laudo médico, acompanhado de um possível laudo psicológico, é peça-chave para demonstrar a real necessidade do procedimento e assegurar os direitos do paciente. Documentos claros, detalhados e bem fundamentados são essenciais para aumentar as chances de aprovação e evitar litígios desnecessários ou, se for o caso, para instruir o eventual processo judicial. 

Se você enfrenta dificuldades para obter a cobertura da sua cirurgia reparadora ou deseja mais informações sobre seus direitos, entre em contato conosco. Nosso escritório está preparado para ajudar você a conquistar o tratamento necessário e sua qualidade de vida.