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Prevenção ao suicídio do ponto de vista jurídico

Civil
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Infelizmente o suicídio é uma das principais causas de morte no mundo, sendo a sua principal causa a depressão, que nada mais é que uma doença psiquiátrica que afeta o emocional da pessoa, que se resume em uma dor forte que a pessoa não consegue ver outra saída, sendo os sintomas mais comuns a falta de apetite, desânimo, pessimismo, uma baixa autoestima etc.

E, de acordo com a Organização Mundial da Saúde a doença é considerada o "Maldo Século". Isto se dá em razão dos números e consequências que atinge, sendo que a própria OMS estima que mais de trezentos milhões de pessoas, no mundo todo, sofrem de depressão. Sendo que o Brasil está no topo do ranking em toda a América Latina.

Sabemos que são vários os motivos que podem ocasionar o transtorno depressivo, contudo, não só a depressão como outras doenças (associadas ou não) se resulta em virtude do excesso de trabalho que, na maioria das vezes, só é notado quando há diminuição de produtividade e dos números.

Analisando a partir do processo capitalista em busca de fomentar a competitividade e potencializar os lucros, as relações de emprego são flexibilizadas, contudo, são vistas por uma gama de estudiosos como precarização das relações de emprego.

Isso porque, na atual realidade o ambiente de trabalho se tornou competitivo e até desumano sem que o principal seja levado em consideração: a saúde mental. E claro, chega um momento que a pessoa passa a sofrer transtornos psiquiátricos, tais como ansiedade, depressão, síndrome do pânico, entre outros, que pode ser diagnosticado como Síndrome de BURNOUT.

Para elucidar melhor o tema, o psiquiatra Dr. Bruno Branquinho nos auxiliou no assunto:

Precisamos entender que o Burnout é uma síndrome que denota não apenas um conjunto de sinais e sintomas, mas principalmente uma relação problemática com o trabalho, seja por assédio, seja por sobrecarga, seja por insatisfações pessoais. 

No tratamento dessa condição, além de acompanhamento psicológico e psiquiátrico, a relação com o trabalho precisará mudar e muitas vezes isso envolve algum tipo de afastamento, para que a pessoa possa se reestruturar e entender as possíveis mudanças para sua melhora.

E conforme mencionado pelo psiquiatra que nos concedeu tal informação, é sabido que a pandemia foi a causadora do aumento dos casos de burnout, o que levou diversas empresas responsáveis a implementarem governança cooperativa, favorecendo a criação de programas de conscientização sobre a importância da saúde mental, promovendo a produção laborativa de forma saudável e demonstrando a importância de um tratamento eficaz.

E quando uma pessoa é diagnosticada por um profissional habilitado com algum dos transtornos mencionados, especialmente o burnout, ela possuirá o direito de se afastar do trabalho e até mesmo receber benefício previdenciário temporariamente, até que o tratamento resulte em melhora eficaz e permita o retorno à rotina profissional.

Com isso, é necessário entender que transtorno psiquiátrico, seja qual for, não é brincadeira, deve ser levado a sério como qualquer doença e ser respeitado o tratamento efetivo, com afastamento profissional se for necessário, priorizando a saúde mental.

Para finalizar, importante mencionar que a busca por profissionais habilitados é de suma importância, contudo, também temos o Centro de Valorização a Vida - CVV, que realiza um trabalho maravilhoso por meio do telefone 188, atendendo pessoas que estão sofrendo por situação semelhante sem enxergar uma saída.

Por isso, antes de qualquer decisão definitiva procure ajuda e seja feliz como você merece ser, nunca duvide disso!



Participação: Dr. Bruno Branquinho

Psiquiatra na Clínica NUMA – Núcleo de Medicina Afetiva

CRM-SP 150.594/RQE: 89134

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